Asean News 33 – Sanções de olho no Sudeste Asiático
#ASEAN
1 – O primeiro-ministro japonês Yoshihide Suga está considerando visitar o Vietnã e a Indonésia em meados de outubro, seriam as primeiras visitas ao exterior. China e acordos comerciais serão as pautas.
#Brunei
1 – O Marítimo, clube da Ilha da Madeira, fechou a contratação do jovem Faiq Bolkiah, de 22 anos. Ele é filho do príncipe de Brunei, sua herança gira em torno de €16 bilhões.
#Camboja
1 – Menina fotografada amarrando um rádio em cima de uma árvore para poder estudar se torna símbolo de um país pobre e desigual. A taxa de matrícula no país gira em torno de 50%. Clique aqui e leia com detalhes a matéria que ganhou repercussão mundial.
#Cingapura
1 – Restrições começam a diminuir. Os últimos números oficiais mostram que quase 99% dos quase 58.000 casos foram relatados como recuperados, com apenas 31 indivíduos permanecendo em hospitais e 275 com sintomas mais leves isolados em instalações comunitárias.
#Filipinas
1 – Segundo embaixador chinês em Manila, China e Filipinas concordaram em arquivar a disputa marítima da ONU de 2016 que favoreceu as Filipinas. Ainda há dúvidas sobre isso, afinal, Duterte ainda não se pronunciou abertamente sobre isso.
2 – Duterte ameaça banir Facebook do país depois que muitas contas foram bloqueadas. Como em grande parte do mundo, o líder populista conta com uma rede de perfis que disparam em massa informações que muitas vezes são falsas. Segundo a plataforma, foram deletadas contas inautênticas e de comportamento coordenado.
#Indonesia
1 – Um projeto de mapeamento nacional na Indonésia está quase concluído após quase uma década de trabalho, com funcionários do governo dizendo que os dados sobre direitos e posse da terra ajudarão a resolver as disputas em andamento em todo o país. Mas grupos indígenas dizem que o governo se recusa a reconhecer seus próprios mapas.
Conflitos de terra são comuns na Indonésia, já que grupos indígenas e comunidades rurais costumam ver suas casas e territórios reivindicados por órgãos governamentais ou empresas privadas que buscam desenvolver a terra.
Indígenas e outros pequenos proprietários dizem que funcionários do governo e atores privados usarão o novo banco de dados de mapeamento nacional como uma ferramenta para expulsá-los de suas terras. Mais de um quarto da população da Indonésia pertence a grupos indígenas – cerca de 50 a 70 milhões de pessoas e cerca de 40% de todo território nacional possui algum tipo de disputa.
#Laos
1 – A Laos-China Railway Company (LCRC) afirma que o túnel final de seu projeto ferroviário de 414 km foi perfurado, sinalizando o fim do megaprojeto. O projeto foi inaugurado em dezembro de 2016 e está programado para começar a operar trens em dezembro de 2021.
#Malasia
1 – Após alegar que tem maioria no parlamento, Anwar pede reunião com o rei, o que pode politizar a monarquia e aumentar a crise. Por outro lado, a eleição da semana passada em Sabah mostrou que o atual primeiro-ministro Muhyiddin tem influência, já que seu bloco levou a melhor.
2 – Símbolo nacional do país corre sério risco de extinção: Tigre-malaio. Essa subespécie de tigre é encontrada apenas na Malásia e na Tailândia. Segundo a WWF, existem apenas cerca de 300 deles, sendo 200 soltos na natureza. Doenças, desmatamento e caça ilegal são as principais causas para esse risco. A Malásia se comprometeu a dobrar a quantidade de tigres até 2022, mas o número na verdade vem caindo.
3 – Os Estados Unidos proibiram as importações de uma gigante do óleo de palma da Malásia, que abastece grandes empresas como a Nestlé, por causa das preocupações de seus trabalhadores com violência física, sexual, trabalho análogo à escravidão e outros abusos.
O óleo de palma é um ingrediente comum em itens que vão de alimentos processados a cosméticos, Malásia e Indonésia produzem 85% do abastecimento mundial. A investigação começou após denúncias de ONGs.
#Mianmar
1 – Eleições ameaçadas por segunda onda de covid19. As eleições estão marcadas para 8 de novembro, mas os mais de mil casos somente em setembro colocam o pleito em risco.
#Tailandia
1 – Protestos orgânicos e descentralizados. Assim é chamada essa nova onda de protestos estudantis no país. Em sua grande maioria, o protesto é contra o regime militar e pela volta da democracia, sem envolver a monarquia, que é uma das mais ricas do mundo.
Porém, tudo pode mudar se o descontentamento for para níveis elevados. Para especialistas o grande problema no país e que não será resolvido apenas com a volta da democracia, é a desigualdade. Dois terços das riquezas do país estão nas mãos de apenas um por cento da população. Por isso, não basta derrubar o governo militar, é preciso toda uma reforma constitucional.
2 – Luz verde para o valor adicional de US$ 400 milhões para construção de ferrovia de alta velocidade. Esse projeto vai conectar o país à China e ao Laos, parte da Nova Rota da Seda. O projeto de US $ 5,8 bilhões, originalmente previsto para ser concluído em 2023, agora deve estar pronto em pouco mais de cinco anos.
3 – Um soldado foi morto e outros seis ficaram feridos quando a explosão de uma bomba na estrada atingiu uma coluna de veículos que transportavam soldados em um distrito da província de Songkhla, no sul do país. O incidente foi o primeiro ataque de rebeldes na região da fronteira sul desde 13 de agosto, quando ataques separados nas províncias de Pattani e Narathiwat mataram dois soldados e feriram outros seis. Tudo indica que o Barisan Revolusi Nasional (BRN) executou o ataque, o maior grupo insurgente da Tailândia, é de maioria muçulmana de língua malaia.
#Vietna
1 – A força da geração Z. Os nascidos entre 1995 e 2010 vão representar 25% de toda força de trabalho do país em breve. Essa nova geração apoia o meio ambiente, o multiculturalismo, questões sociais e de gênero, de acordo com a consultoria de gestão com sede nos Estados Unidos, McKinsey.
O governo precisará de planejamento para absorver essa mão de obra e inteligência para lidar com essas pautas. Por outro lado, segundo essa pesquisa, cerca de 50% dos jovens usa e apoia marcas que representam e refletem seu país.
2 – Crescimento de 2,62% no terceiro trimestre impulsionado pelas exportações, elas cresceram 34% em relação ao trimestre anterior.
3 – O governo dos EUA planeja investigar o Vietnã por suposta manipulação de moeda em uma acusação que pode levar a grandes sanções comerciais contra o país do sudeste asiático, de acordo com um relatório da Bloomberg de 30 de setembro.
A nova investigação ocorre depois que o Departamento do Tesouro dos EUA colocou o Vietnã em uma lista de dez potenciais manipuladores de moeda em janeiro; Malásia e Cingapura também foram incluídas nesta lista.
As sanções podem vir na forma de novas tarifas sobre as importações. Ano passado, quando o Vietnã foi colocado pela primeira vez na lista de observação, o país teve um superávit em conta corrente superior a 2% do PIB.
Hanói tentou reduzir seu superávit comercial com os EUA em várias ocasiões, como a compra de aeronaves, em uma tentativa de fugir da ira de Trump.
DICA DA SEMANA:
Livro orientalismo, em épocas de sinofobia, islamofobia e desinformação contra a China e a Ásia, de suma importância. Para não cair nas notícas de grupo família de zap.