Matrizes energéticas na Tailândia – cop26, alternativas e preocupações

Bangkok esteve na Cop26, no entanto, não assumiu compromissos climáticos nem assinou acordos sobre o tema com nenhuma outra nação. a região central é altamente vulnerável ao aumento do nível do mar. Os distritos ribeirinhos de Bangkok estão agora inundados por águas crescentes e uma previsão sombria indica que toda a capital poderá estar debaixo d’água em 2050.Isso não quer dizer que o atual governo militar não esteja preocupado com essas questões, os impactos das mudanças climáticas estão se tornando cada vez mais sentidos no país. Recentemente, a pior seca em 40 anos levantou um alerta aos tailandeses, assim como o rotulo de cidade mais poluída do mundo dada a cidade de Chiang Mai, por problemas com mineração de carvão que é forte na região norte do reino, outro fator é a pecuária.No entanto, o país possui um plano de desenvolvimento de energia oficial, lançado em 2018, planeja para 2037 pular de 9, 10% para 37% de energia limpa e alcançar a emissão zero até 2065. Essa estratégia nacional propõe o desenvolvimento de infraestrutura de alta qualidade para conectar o país ao mundo, pretende solidificar sua posição como um centro econômico da Asean e um importante ponto de conexão asiático Principal alternativaPor ser muito dependente de gás natural e carvão, o país enfrenta pressão interna e externa para mudar sua matriz energética. Cerca de 70% vem do gás natural, 12% do carvão, 9% de hidrelétrica e o restante é uma mistura de energia solar, eólica, combustíveis fósseis mistos, biomassa, resíduos, petróleo e geotérmica potência. Em comparação com seus vizinhos é um valor baixo:A importação de hidroeletricidade do Laos (cerca de 12% do PIB do vizinho é desse tipo de exportação) é uma fonte indispensável para a segurança energética da Tailândia, metade do que o pequeno vizinho exporta vai para Bangkok e a Tailândia financia cerca de 25% de todas as obras em andamento e em análise de Vientiane, superando a gigante China.Com essa mudança mundial sobre a urgência climática, empresários tailandeses olharam para o vizinho Laos, língua, cultura, ambiente de negócios sem travas e legislação ambiental quase inexistente fazem do Laos o caminho natural para investidores da Tailândia.O outro ladoEm 2018, uma barragem no sudeste do Laos se rompeu parcialmente e a água atingiu mais de 7.000 residências, foi talvez o pior da história do país. A história quase não ganhou as manchetes pois não houve interrupção no fornecimento de energia e a Tailândia geralmente tem mais energia do que pode usar. Normalmente os países possuem cerca de 15% de excedente de eletricidade parado para imprevistos, a Tailândia está com quase 40%.Segundo Ongs e grupos de pesquisa focados nas comunidades ribeirinhas e no ecossistema do Rio Mekong, existem custos ocultos que minam o progresso do desenvolvimento econômico. Muitos desses impactos no meio ambiente e nas comunidades são mal medidos e mal compreendidos, por isso a energia das represas no Laos é cerca de 30% mais barata que o gás natural e quase 80% mais barata que a energia solar.Existem muitos custos ocultos que não são calculados ou mencionados em estudos de viabilidade de projetos de barragens, como por exemplo, impactos ecológicos e ambientais para as pessoas e áreas muito além das áreas dos projetos. * O Rio Mekong é o 10º maior rio do mundo, para conhecer mais da sua importância regional e maiores problemas: clicar aqui  ReferenciasHttps://thediplomat.com/2021/11/what-was-thailand-doing-at-the-cop26-summit/

Https://www.nationthailand.com/business/30294834

Locked in – Why Thailand buys electricity from Laos

Thailand Country Profile

 

 

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