Ho Chi Minh Vida e Obra – Parte 01
A primeira parte se dedica a falar da linha do tempo da vida dessa figura que é de longe a mais importante do sudeste asiático de todo século XX, a próxima será focada em seus escritos, discurso e ideias.
Ho Chi Minh, conhecido por seu nome de batismo Nguyễn Sinh Cung e pelo pseudônimo Nguyen Ai Quoc, nasceu em 19 de maio de 1890 na aldeia de Kim Lien em Aname, o Vientã que conhecemos hoje ainda não existia, chamava-se Indochina (genérico termo ocidental para designar tudo que estava “entre a Índia e a China”, isto é, atualmente Laos, Camboja e Vietnã).
Seu pai, Nguyễn Sinh Sắc, foi o primeiro da pequena vila de Kim Lien a formar-se no que à época era reconhecido como doutorado, e conquistou grande reconhecimento dos demais habitantes do pobre vilarejo quando recusou o cargo de professor no sistema confuciano na cidade de Hue (em outras palavras ele seria um mandarim) para continuar ministrando aulas aos trabalhadores de sua vila. Desde cedo, ele teve contato com o movimento nacionalista vietnamita, alguns parentes eram militantes, já na adolescência ele fazia parte de alguns desses grupos.
Lembrando que o Vietnã foi colonizado pelos franceses desde 1887 após séculos de imperialismo nos quais portos foram tomados e, lentamente, por meio de missões religiosas católicas, os colonizadores foram avançando para o interior até que a dominação total pôde ser estabelecida.
Brasil
Em 1911 conseguiu um emprego como cozinheiro de um navio francês, ao contrair uma doença misteriosa, foi abandonado no porto do Rio de Janeiro. Curou-se, passou a morar em Santa Tereza e trabalhar na Lapa.
Ho costumava visitar porto com frequência para tentar encontrar um navio no qual possa embarcar. Havia dois anos que a Revolta da Chibata tinha estourado no mesmo porto do Rio de Janeiro, com marinheiros negros se rebelando contra oficiais brancos que os açoitavam.
Acabou conhecendo o líder sindical pernambucano José Leandro da Silva, um cozinheiro negro que atuava no porto e confrontava autoridades racistas. A luta de José Leandro foi narrada posteriormente por Ho no artigo “Solidariedade Internacional” que ele escreve em 1921, onde relata como o sindicalista liderou uma greve com 2 reivindicações: jornada de trabalho de 8 horas e salários iguais entre negros e brancos
Ho escreveu um artigo anos depois sobre tudo o que ele presenciou chamado “solidariedade de classe”. No artigo ele relata revoltas de trabalhadores, embates entre policiais e revoltosos e até um encontro com líderes do partido comunista brasileiro da época em Moscou tempos depois.
Impressionado pelas belezas naturais do Rio, sua vida boêmia, Ho ficou assustado com cenário de degradação social e efervescência trabalhista, onde uma espécie de capitalismo periférico se cruzava com um passado escravagista bastante recente e o socialismo adentrava aos portos junto com as novidades, inspirando um pujante movimento sindical. Ficou no Brasil por volta de 1 ano apenas.
Foi marinheiro por mais de três anos, visitando vários portos africanos e as cidades americanas de Boston e Nova York . Depois de morar em Londres de 1915 a 1917, mudou-se para a França , onde trabalhou, por sua vez, como jardineiro, varredor, garçom, retocador de fotos e foguista.
França
Durante os seis anos que passou na França (1917-1923), tornou-se um socialista ativo sob o nome de Nguyen Ai Quoc (“Nguyen, o Patriota”). Ele organizou um grupo de vietnamitas que moravam lá e em 1919 dirigiu uma petição de oito pontos aos representantes das grandes potências na Conferência de Paz de Versalhes que encerrou a Primeira Guerra Mundial . Na petição, Ho exigia que o poder colonial francês concedesse a seus súditos na Indochina direitos iguais aos dos governantes. Ele foi totalmente ignorado pelas potências , mas fez dele um herói para muitos vietnamitas politicamente conscientes. No ano seguinte, inspirado pelo sucesso da revolução comunista na Rússia e pela doutrina anti-imperialista, Ho se juntou aos comunistas franceses
Moscou
Em 1923, foi a Moscou, na Rússia, para treinamentos de táticas de guerrilha e oficialmente entrou para o braço internacional do Partido Comunista Russo. Aos poucos e de longe, começou a organizar o movimento revolucionário que levaria à liberação de seu país.
De 17 de junho a 8 de julho, participou ativamente do V Congresso da Internacional Comunista , durante o qual criticou o Partido Comunista Francês por não se opor mais vigorosamente ao colonialismo. Sua declaração ao congresso é notável porque contém a primeira formulação de sua crença na importância do papel revolucionário dos camponeses oprimidos (em oposição aos trabalhadores industriais).
China
Em dezembro de 1924, sob o nome de Ly Thuy, Ho foi para Canton (Guangzhou), um reduto comunista, onde recrutou os primeiros quadros do movimento nacionalista vietnamita, organizando-os no Vietnã.Thanh Nien Cach Menh Dong Chi Hoi (“Associação da Juventude Revolucionária Vietnamita”), que ficou famosa sob o nome de Thanh Nien. Quase todos os seus membros foram exilados da Indochina por causa de suas convicções políticas e se reuniram para participar da luta contra o domínio francês sobre seu país. Assim, Cantão tornou-se o primeiro lar do nacionalismo indochinês .
Quando Chiang Kai-shek , então comandante do exército chinês, expulsou os comunistas chineses de Cantão em abril de 1927, Ho novamente buscou refúgio na União Soviética. Em 1928 foi para Bruxelas e Paris e depois para o Sião (hoje Tailândia), onde passou dois anos como representante da Internacional Comunista, a organização mundial dos partidos comunistas, no Sudeste Asiático . Seus seguidores, no entanto, permaneceram no sul da China.
Nascimento do partido comunista
No dia 03 de fevereiro de 1930, na cidade de Kowloon, incrustrada na parte continental de Hong Kong, reuniram-se 7 delegados durante as festividades do Tet, o Ano Lunar chinês, o que lhes dava maior segurança de não serem perturbados ou mesmo presos por atividades revolucionárias.
Dois deles representavam o Partido Comunista do Vietnã, outros dois delegados do Partido Comunista Anamita (Os anamitas foram um povo semi-nômade que vivia no sopé das montanhas de Anam, também conhecidas como Montanhas Anamitas. A região está localizada na parte mais oriental da península da Indochina), outros falavam em nome de organizações comunistas regionais, e o representante do Comintern (a Internacional Comunista com sede em Moscou) Ho Chi Mihn.
A princípio, foi chamado de Partido Comunista Vietnamita, mas, depois de outubro de 1930, Ho, seguindo o conselho soviético, adotou o nome de Partido Comunista da Indochina.
A carta em prol da união de forças de Ho Chi Mihn dizia: “Na ausência de uma unidade comunista — quando o movimento operário e camponês levantava sua voz — o futuro da revolução na Indochina passa a ter perspectivas graves e perigosas”… “A hesitação de alguns grupos em constituir um sólido Partido Comunista sem maiores delongas é um erro… A mais importante e urgente tarefa dos comunistas indochineses – hoje em dia – é fundar um Partido revolucionário do proletariado, ou seja, um partido comunista de massas”. … “Sem um partido revolucionário unificado e combativo, a luta de libertação dos trabalhadores será como um navio sem leme, sem direção”.
No começo deste processo, alguns analistas consideravam que seria difícil chegar a um acordo, fruto de lutas internas muito acirradas entre dois jovens partidos constituídos no interior do país, o Partido Comunista Indochinês e o Partido Comunista Anamita. Mas gradualmente os debates foram se desenvolvendo naquele encontro, e com a capacidade de argumentação e convencimento demonstrado por Ho Chi Mihn, os delegados acabaram chegando a uma conclusão no dia 5 de fevereiro quando foi aprovada uma resolução pela unidade.
Criou-se oficialmente um programa partidário, o objetivo do programa era destituir o domínio dos colonialistas e dos senhores feudais a eles alinhados, para garantir a soberania nacional, dar terra aos camponeses que nela queriam trabalhar e organizar um novo governo dos trabalhadores, dos camponeses e soldados, com um regime de liberdades democráticas para o povo, ao lado de constituir um exército popular de libertação. Em seus escritos, Ho Chi Mihn sempre frisava a frase: A terra a quem trabalha.
No jantar que celebrava a criação do partido ele disse: “O Partido Comunista do Vietnã foi fundado, é o Partido da Classe Trabalhadora. Ele irá ajudar os trabalhadores a lutarem pela libertação dos oprimidos e explorados. Irmãos e irmãs, juntem-se ao Partido, sigam-no, e o ajudem a derrotar os imperialistas franceses e o feudalismo vietnamita e a burguesia reacionária, ajudem-no a conquistar nossa independência e a estabelecer um governo dos trabalhadores, dos camponeses e dos soldados”. Fundou também o Viet-Minh (1941), e presidente de 1945 a 1969 da República Democrática do Vietnã (Vietnã do Norte)
Congresso
Em 1935, o Sétimo Congresso da Internacional, reunido em Moscou, do qual ele participou como delegado-chefe do PCI, sancionou oficialmente a ideia da Frente Popular (uma aliança com a esquerda não comunista contra o fascismo) – uma política que Ho defendia há algum tempo (há quem diga que o movimento era uma tentativa de atrair ser melhor visto internacionalmente, principalmente pelos EUA). De acordo com essa política, os comunistas na Indochina moderaram sua postura anticolonialista em 1936, permitindo a cooperação com “colonialistas antifascistas”.
Prisão
Em junho de 1931, Ho foi preso pela polícia britânica e permaneceu na prisão até sua libertação em 1933. Ele então voltou para a União Soviética, onde teria passado vários anos se recuperando da tuberculose. Em 1938, ele retornou à China e serviu como conselheiro das forças armadas comunistas chinesas junto com Mao Zedong. Chegou a ser condenado à morte, mas escapou dos domínios franceses e britânicos com a ajuda de amigos
Nessa época que ele começou a usar o nome Ho Chi Minh (“Aquele que ilumina”). Atravessando a fronteira para o Vietnã em janeiro de 1941. A nova organização que Ho e seus generais estavam tentando organizar para voltar ao Vietnã foi forçada a buscar ajuda na China do governo de Chiang Kai-shek . Mas o general desconfiava de Ho como comunista e o prendeu.
Ho foi então preso na China por 18 meses, período durante o qual escreveu seu famoso Notebook from Prison (uma coleção de poemas curtos escritos em chinês clássico, uma mistura de melancolia , estoicismo e um apelo à revolução). Seus amigos obtiveram sua libertação por um acordo com Chiang Fa-k’uei, um senhor da guerra no sul da China, concordando em apoiar os interesses de Chiang na Indochina contra os franceses.
Segunda Guerra Mundial
Em 1940, na Segunda Guerra Mundial, os japoneses tomaram o Vietnã dos franceses. Nesse meio tempo, Ho Chi Minh e seu partido anunciaram a independência do Vietnã. Os franceses não a reconheceram e os vietnamitas (já treinados para expulsar os japoneses) pegaram em armas.
Durante o confronto Ho Chi Minh aproveitou a oportunidade. Em poucos meses, ele entrou em contato com as forças dos EUA e começou a colaborar com o Escritório de Serviços Estratégicos (OSS; uma operação secreta dos EUA) contra os japoneses. Além disso, seus guerrilheiros do Viet Minh lutaram contra os japoneses nas montanhas do sul da China. No fim da guerra (1945), os Estados Unidos derrotaram o Japão. Entretanto, os franceses logo tomaram de volta a região sul do país, saindo apenas em 1954.
Em 1945 ocorreram dois eventos que abriram o caminho ao poder para os revolucionários vietnamitas. Primeiro, os japoneses invadiram completamente a Indochina e prenderam ou executaram todos os oficiais franceses. Seis meses depois, os Estados Unidos lançaram a bomba atômica sobre Hiroshima e os japoneses foram totalmente derrotados. Assim, os dois adversários mais fortes do Viet Minh e Ho Chi Minh foram eliminados.
Declaração de independência
Após a rendição do Japão aos Aliados, Ho Chi Minh declarou o Vietnã independente no dia 02 de setembro de 1945. Usando palavras ironicamente inspirada na Declaração de Independência dos EUA: “Todos os homens nascem iguais: o Criador nos deu direitos invioláveis, vida, liberdade e felicidade…!”. Ho Chi Mihn tinha muito apreço pela declaração de independência dos EUA e via o país como um possível aliado na luta anti-imperialista devido ao seu histórico durante um bom tempo de sua vida.
Colonização parte 2
A França , agora libertada e sob a liderança de Charles de Gaulle , não pretendia simplesmente aceitar o fato consumado de um Vietnã independente e tentou reafirmar seu controle. Em 6 de outubro o general francês Jacques Leclerc desembarcou em Saigon , seguido alguns dias depois por uma forte divisão blindada. Dentro de três meses ele tinha o controle do Vietnã do Sul. Ho teve que escolher entre continuar a luta ou negociar. Ele escolheu as negociações, mas não sem se preparar para uma eventual transição para a guerra.
A estratégia de Ho Chi Minh era fazer com que os franceses fizessem com que os chineses se retirassem do norte do Vietnã para depois fazer um tratado com os europeus de uma certa autonomia do país.
As negociações começaram no final de outubro de 1945, Ho Chi Minh permitiu que outros partidos além do Viet Minh fossem incluídos no novo governo, na tentativa de obter uma base mais ampla de apoio às demandas feitas aos franceses e, ao mesmo tempo, os franceses enviaram uma missão diplomática à China para obter a evacuação dos soldados chineses.
Quando isso foi feito, Ho assinou um acordo com os franceses em 6 de março, de acordo com seus termos, o Vietnã foi reconhecido como um “estado livre com seu próprio governo, exército e finanças”, mas foi integrado a uma espécie de União Francesa na qual Paris continuou a desempenhar o papel principal. Apenas doze dias depois, o general Leclerc entrou em Hanói com alguns batalhões, que deveriam ser confinados a uma área restrita e rasgou o acordo dando início a chamada Guerra da Indochina que só terminou em 1954.
O Acordos de Genebra e a Segunda Guerra da Indochina
De maio a 21 de julho de 1954, representantes de oito países – com o Vietnã representado por duas delegações, uma composta por partidários de Ho Chi Minh e outra de Bao Dai – reuniram-se em Genebra para encontrar uma solução. Eles concluíram com um acordo segundo o qual o Vietnã seria dividido no paralelo 17 até as eleições, marcadas para 1956, após as quais os vietnamitas estabeleceriam um governo unificado.
Acontece que as eleições que garantiriam a reunificação do país foram adiadas indefinidamente pelos Estados Unidos e pelo Vietnã do Sul, que foi criado de fato nessa época, muitos acreditam que analistas ocidentais davam como certa uma vitória larga dos comunistas, então o cancelamento do pleito foi a atitude aconselhada.
O Vietnã do Norte, onde Ho e seus associados se estabeleceram, era um país pobre, isolado das vastas áreas agrícolas do sul. Seus líderes foram forçados a pedir ajuda de seus maiores aliados comunistas, China e União Soviética . Nestas condições adversas, o regime de Ho Chi Minh tornou-se repressivo e rigidamente totalitário. As tentativas de reformas agrícolas em 1955-56 foram conduzidas com brutalidade e forte repressão.
Famoso até então por ter uma face humana e conciliadora, Ho se tornou cruel e implacável, alguns expurgos foram realizados, principalmente de comunistas cambojanos que mais pra frente vão dar mais trabalho para os vietnamitas.
Viajou para Moscou e Pequim (1955) e para Nova Delhi e Jacarta (1958), mantendo habilmente o equilíbrio entre seus poderosos aliados comunistas e até, na época de sua viagem a Moscou em 1960, atuando como mediador entre eles, Ho Chi Minh manteve habilmente um equilíbrio entre os dois gigantes comunistas. Quando a guerra foi retomada, ele obteve uma quantidade igual de ajuda de ambos.
Após o inicio dos ataques aéreos dos EUA em 1965, Ho enviou uma mensagem ao povo: “nada é tão caro ao coração dos vietnamitas quanto a independência e a libertação” que se tornou o lema da causa norte-vietnamita. Em 15 de fevereiro de 1967, em resposta a uma mensagem pessoal do presidente dos Estados Unidos, Lyndon Johnson, ele anunciou: “Nós nunca concordaremos em negociar sob a ameaça de bombardeio”
Ho Chi Minh foi presidente do Vietnã do Norte, enquanto um anticomunista era presidente do Vietnã do Sul. Ho Chi Minh queria reunificar as duas partes do país. A partir de 1959, ele apoiou a rebelião comunista no Vietnã do Sul. Os dois países se enfrentaram então em um conflito conhecido como Guerra do Vietnã.
Para Ho Chi Minh, a força e as raízes da nação eram o povo. Por isso, determinou seis proibições e seis recomendações para o exército, a administração e as organizações que conviviam diretamente com a população:
As proibições eram: não danificar de nenhuma maneira a terra e as plantações ou as casas e bens das pessoas; não insistir em comprar ou tomar emprestado o que as pessoas não desejam vender ou emprestar; não levar galinhas vivas para as casas das pessoas nas montanhas; nunca faltar com a palavra; não ofender a fé e os costumes das pessoas; não fazer ou falar coisas que façam as pessoas pensarem que as desprezamos.
E as seis permissões: ajudar as pessoas em suas tarefas diárias; sempre que possível comprar mercadorias para aqueles que vivem longe dos mercados; nas horas livres, contar pequenas histórias divertidas e simples úteis à Resistência, mas não revelar segredos; ensinar à população a escrita nacional e a higiene básica; estudar os costumes de cada região para se familiarizar com eles, de forma a criar uma atmosfera de simpatia no início e então explicar às pessoas gradualmente que diminuam suas superstições; e mostrar às pessoas que você é correto, diligente e disciplinado.
Morte e legado
Faleceu em um 02 de setembro como este em 1969, quando a resistência vietnamita já tinha virado o jogo contra a invasão imperialista norte-americana, mas a guerra ainda não havia terminado. Entre os revolucionários do século 20, Ho travou a batalha mais longa e custosa contra o sistema colonial das grandes potências.
Figura icônica, Ho lutou e venceu os imperialismos de França, Japão e Estados Unidos, deixando as sementes que permitiriam seu povo garantir a autonomia face aos chineses no fim dos anos 1970, quando resistiu e derrotou o regime bárbaro do Camboja, o Khmer Vermelho.
Um de seus efeitos foi causar uma grave crise na vida nacional do mais poderoso dos países capitalistas, os Estados Unidos. Como marxista, Ho está ao lado do líder iugoslavo Tito como um dos progenitores do “comunismo nacional” que se desenvolveu na década de 1960 ao enfatizar o papel do campesinato na luta revolucionária.
Anos depois das guerras, esses princípios ainda norteiam a cultura e tradição do Vietnã, e há um grande culto a Ho Chi Minh (único permitido no país). Sua imagem pode ser vista em diversas construções e até nas casas de famílias, e ele é chamado pelos vietnamitas simpatizantes da revolução de Tio Ho.
Há, no entanto, bastante esforço para manter essa imagem. Existe censura contra textos e críticas a ele, sob a alegação de que “atentam contra a revolução popular”, e proibição de quaisquer textos que falem sobre suas relações amorosas. Ho Chi Minh foi embalsamado e seu corpo está em seu mausoléu em Hanói, capital do Vietnã.
Referências
Artigo Ho sobre o Rio: https://br1lib.org/book/2377446/262cca
https://www.britannica.com/biography/Ho-Chi-Minh
https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/Historia/noticia/2019/11/quem-foi-ho-chi-minh-lider-da-luta-pela-independencia-do-vietna.html
A fundação do PC do Vietnã na luta pela libertação nacional e social
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