Problemas de tirar a Rússia do Swift
– Uma possível onda de inflação europeia e provável nova onda da extrema direita.
– O fim das dúvidas do uso político do sistema financeiro tido como neutro e o afastamento ainda mais certo da China do modelo liberal de abertura de capital.
– Um país que já é sancionado desde 2014, que tem a sétima maior reserva internacional do mundo (quase 1 trilhão de dólares) e uma parceria estratégica com a China, pode conseguir se recuperar razoavelmente no médio e longo prazo.
– Certamente irá acelerar um processo que já vem sendo estudado por Rússia e china: criar um Swift paralelo. Atualmente a China possui o Sistema de Pagamento Interbancário Transfronteiriço (CIPS), a rede de Pequim atua em cerca de 19 bancos comerciais e cerca de 600 instituições gerais, a Rússia possui o Sistema de Transferência de Mensagens Financeiras (SPFS), a rede de Moscou conta com cerca de 400 usuários de oito países, ambos ínfimos se comparados com o swift, claro!
– Atrair outros sancionados e parceiros vitais para o “novo swift”, como o Irã e a grande economia da Indonésia por exemplo, que tem a moeda chinesa como a moeda forte.
– Outro dado interessante é que em transações gerais no mundo o Renminbi vem passando o dólar australiano, canadense e o franco suíço, transformar sua moeda como moeda forte internacional é uma das políticas chave de Pequim, o que fortalece um eventual “swift conjunto”.
Aos curiosos, dados de 2019, transações mundiais totais (dentro e fora do swift) :
Usd 88,3%
Eur 32%
Yen 16%
Libra 12%
Aus 4,7%
Cad 5%
Franco 4,9%
Rmb 4,3%